
Vem, e Segue-Me: 1 Néfi 8–10 – “Venham e comam do fruto”
Enviado por Wellington Silva, de Aracaju, Sergipe
Como autor deste artigo, gostaria de sugerir aos leitores conhecer as passagens do Livro de Mórmon de 1 Néfi 8-10 antes de lerem este texto, pois isso dará mais sentido no estudo destas reflexões inspiradas aqui colocadas, para que possam receber também suas próprias inspirações sobre o tema.
No estudo desta semana, desfrutamos de dois aspectos do comportamento humano, tão importantes quanto as transformações de desgaste e perda de sentido que temos sofrido nos últimos anos: “A arte de compartilhar” e o “Poder de decisão”. Sugiro ponderação e senso analítico ao ler estas duas expressões para que, assim como aconteceu comigo, possam desfrutar a reflexão do sentido delas.
Por exemplo: “compartilhar”, no sentido de partilhar com alguém, fazer com que outra pessoa também tenha parte de alguma coisa, tornou-se uma arte, que é a habilidade para a aplicação de conhecimento ou para a execução ampla de uma ideia. Por outro lado, considerando nossa possibilidade de decidir, escolher em função da própria vontade, isenta de qualquer condicionamento, motivo ou causa determinante, tornou-se um “poder” (ser capaz de ou estar em condições de) fazer uso deliberado desta bênção, que é decidir.
No bloco de escrituras do Vem, e Segue-Me desta semana, aprendemos que Leí viveu a experiência de ser advertido e inspirado a advertir a outros, começando com sua própria família. Esta experiência se repete ao longo dos tempos. Fomos advertidos (processo que nos levou a experimentar os primeiros princípios e ordenanças do evangelho) e inspirados a advertirmos às outras pessoas, começando com as que mais amamos.
Reflexão
Se você é feliz vivendo o evangelho de Jesus Cristo, por que não compartilha este evangelho com a mesma alegria que sente por ser amado, valorizado e transformado pelo poder do Espírito Santo? Se você sente uma grande alegria em ser membro da Igreja de Jesus Cristo, por que cede à tentação de guardar esse sentimento com você? Você já parou para pensar sobre isso? Você já percebeu que esse comportamento está se generalizando, invadindo, também, os aspectos da vida material, emocional, financeira e até espiritual?
Propostas de Fundamentação
Nas passagens descritas em 1 Néfi 8, encontramos 4 grupos de pessoas e seus comportamentos diante de um acontecimento pessoal de felicidade:
O grupo 1 é formado por pessoas que não têm acesso às escrituras ou ao evangelho, se comportam como se estivessem perdidas, alheios às vontades e mandamentos do Pai (por não os conhecer, claro!). Consequentemente, estas pessoas são desencaminhadas e demonstram desorientação para sentimentos da verdadeira felicidade e eternidade.
O grupo 2 é formado por pessoas que, em meio às práticas do evangelho, conhecem o caminho da felicidade, mas se envergonham dele. Esse comportamento se explica pela comparação desnecessária de estilo social, ou ainda, por dar ouvidos às críticas/opiniões de quem não vive nem experimenta a verdadeira felicidade de viver o evangelho. Por isso, esse grupo se desconecta da verdade e prefere a conveniente satisfação dos outros, em detrimento do seu real valor espiritual.
O grupo 3 é formado por pessoas que se alegram em receber as orientações da verdade, seguem-nas, experimentam do fruto da palavra, se regozijam e desejam que outras pessoas também experimentem dos efeitos da fé. Ou seja, nada os tira desse processo de santificação, conversão e alegria. Mas, o que justifica fazer parte deste grupo de pessoas e guardar para si essa alegria? Ou, por que camuflar as próprias ações missionárias, desmentindo as próprias convicções do evangelho verdadeiro? Não faz sentido! Ou não houve a conversão, ou a conversão foi incompleta.
O grupo 4 é formado por pessoas que nem mesmo tentam trilhar esse caminho “estreito e apertado” e preferem apontar o dedo e criticar, chacotear e zombar das pessoas do grupo 3 (de conversão incompleta) levando-as para o grupo 2 ou puxando-as para o seu estado de descrença, desmentindo a fé como elemento vital para felicidade eterna.
Agora, use o seu “poder de decisão” para escolher em qual grupo quer estar e ser. Depois, use a “arte de compartilhar” e compartilhe com seus familiares e amigos, ampliando em seguida o seu alcance para o máximo de pessoas que puder. Aproveite e repita em todas as áreas da vida, financeira, material, emocional e espiritual. Revele a sua alegria diariamente, sempre!
Para ler
Decisões para a Eternidade – Presidente Russell M. Nelson, Conferência Geral, Outubro de 2013
A Verdadeira Felicidade: Uma Decisão Consciente – Élder Benjamín De Hoyos, Conferência Geral, Outubro de 2005
Escolhas – Presidente James E. Faust, Conferência Geral, Abril de 2004
Para assistir