Minha experiência no retorno das reuniões sacramentais

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Enviado por Alesanco Calíope, de Salt Lake City, Utah

O domingo, 7 de Junho de 2020, foi uma data muito especial para os membros da Estaca Taylorsville Sul, em Utah. Após a autorização da Presidência de Área para que as unidades em Utah pudessem retornar a se reunir presencialmente, a Presidência da Estaca fez uma série de reuniões com os bispados das alas, para elaborarem um plano de retorno que segue as orientações governamentais e mantém, como prioridade, a saúde e a segurança dos membros.

As seguintes diretrizes foram estabelecidas: As reuniões sacramentais terão duração de 45 minutos, e com uma frequência máxima de 99 pessoas. Todos devem usar máscaras. As pessoas consideradas grupo de risco são encorajadas a não ir para a capela. O distanciamento social deve ser de 2 metros dentro do salão. Deve ser implantado pela ala um plano de higienização para antes e depois da reunião.

Nossa família é membro da Ala Taylorsville 11, que tem uma frequência média de 280 pessoas. O Bispo dividiu os membros da ala em três grupos que se reúnem em horários diferentes, seguindo todas as diretrizes já mencionadas.

E como foi a minha experiencia nesse retorno?

Acordei no domingo mais cedo que o habitual, dominado por uma grande ansiedade de retornar à capela para partilharmos do sacramento com os Santos. Ao chegarmos no estacionamento da capela, fiquei feliz por novamente estar naquele ambiente. Fomos recepcionados pelas Missionárias de Tempo Integral que servem em nossa ala e, apesar das máscaras, era possível ver a alegria característica em seus semblantes. Em seguida, já no salão sacramental, irmãos nos orientavam sobre em qual banco deveríamos nos sentar, para que fosse observado o distanciamento social.

Não havia abraços nem aperto de mãos e os jovens do Sacerdócio Aarônico higienizavam as mãos constantemente durante a preparação do sacramento, todos com máscaras. No início, percebi um certo clima de tensão no semblante dos irmãos, pois tudo havia mudado em nossa forma de nos reunirmos. Após a ordenança do sacramento, o Bispo iniciou a sessão de testemunhos da reunião sacramental e, gradualmente, os irmãos começaram a subir ao púlpito para prestarem seus testemunhos.  O sentimento de gratidão pelo retorno foi unânime, mesmo com tantas restrições.

Por um momento, lembrei dos pioneiros, guardadas as devidas proporções, é claro. Pensei em quando eles finalmente chegaram a este vale, vindos de inúmeras perseguições, tribulações, presenciando a morte de muitos entes queridos e, ainda assim, quando finalmente puderam se reunir novamente, como isto deve ter sido uma alegria nas vidas deles!

A Sister Martinez, natural da Guatemala, disse sobre esse retorno: “Como missionárias, sentimos falta dos membros e de estar com eles, mas, ao mesmo tempo, essa experiência tem ampliado nosso testemunho sobre o profeta vivo e podemos testemunhar quantas revelações ele tem recebido para que se torne possível passarmos por este momento, e isto tem sido uma bênção.”

Ontem me senti feliz, estava novamente na capela com minha família, vimos alguns irmãos, ouvimos seus testemunhos e, como sempre acontece, nossa fé foi fortalecida, pois, em meio à pandemia, com as muitas notícias de casos da doença e um número de mortes que não para de crescer, naquele momento, naquela reunião sacramental, o Espirito do Senhor foi tão forte!

Estou certo de que todos nos sentimos abraçados pelo Pai Celestial naquele momento. Que bênção é ter um profeta vivo em nossos dias! A letra de um hino da Primária, que diz “Segue o profeta, sem hesitar”, tem nos proporcionado um testemunho ainda maior de que os Céus estão abertos e que o Senhor fala a nós por meio dos seus profetas em nossos dias.

Em breve, tudo isso terá passado. Muitas marcas ficarão, é verdade. Porém, creio que seremos mais fortes e mais devotos em fazer Sua vontade.


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