
Sacramento no lar, sim! Reuniões sacramentais em reuniões familiares, não!
Nota do blog: Este artigo foi originalmente publicado no Church News e utiliza o novo Manual Geral da Igreja: Servir em A Igreja de Jesus Cristo dos Últimos Santos dos Dias como referência. Este novo manual ainda não foi disponibilizado em português e a instrução da Igreja é que, até que isto ocorra, os Manual 1 e 2 devem continuar a ser utilizados no país. Todas as instruções contidas neste artigo, com referência ao novo manual, podem ser encontradas nos manuais 1 e 2.
Com as preocupações de saúde global levando a Igreja a suspender temporariamente as reuniões de adoração em todo o mundo, a orientação aos bispos e presidentes de estaca para supervisionarem a disponibilidade do sacramento aos Santos dos Últimos Dias locais serve como um lembrete dos princípios, processos e procedimentos desta sagrada ordenança.
A mudança de outubro de 2018 para o aprendizado do evangelho “centralizado no lar e apoiado pela Igreja”, juntamente com a recente suspensão temporária das reuniões de adoração públicas, não significa que a família pode assumir por si mesma a realização de um serviço sacramental, nem diminui o papel do bispo na supervisão e autorização de certas ordenanças do sacerdócio.
De fato, um olhar mais atento à carta de 12 de março de 2020, da Primeira Presidência e Quórum dos Doze Apóstolos, aos líderes e membros Santos dos Últimos Dias, juntamente com o Manual Geral da Igreja: Servir em A Igreja de Jesus Cristo dos Últimos Santos dos Dias – o novo manual de instruções atualizado e combinado, disponibilizado online ao público no mês passado – ajuda a dar instruções e garantias sobre como a ordenança sacramental pode e deve ser administrada em um ambiente doméstico.
A recente carta declara: “Começando imediatamente, todas as reuniões públicas de membros da Igreja estão suspensas temporariamente em todo o mundo até segunda ordem. Isso inclui: (…) Todos os serviços de adoração pública, incluindo reuniões sacramentais”.
A comunicação inclui a orientação de que “os bispos devem se aconselhar com seu presidente de estaca para determinar como devem disponibilizar o sacramento aos membros pelo menos uma vez por mês”.
“Uma vez por mês” não cria uma expectativa de regularidade do sacramento, mas libera [dessa regularidade] pelos desafios criados por distâncias extremas e circunstâncias extremas.
Bispos e presidentes de estaca – assim como presidentes de ramo e distrito – estão discutindo como fornecer o sacramento aos membros locais e cumprir outras instruções nesta e em uma correspondência semelhante enviada aos líderes da Igreja. Muitos já deram instruções sobre como lidar com a ordenança sacramental nos lares neste fim de semana e nas próximas semanas.
O capítulo 29 do Manual Geral, “Reuniões na Igreja”, seção 29.2.2.10, traz o título “Serviços de Sacramento em Situações Incomuns”.
“Todo membro precisa das bênçãos espirituais resultantes da participação no sacramento”, diz o manual. “Se os membros não puderem comparecer à reunião sacramental por estarem confinados em um lar, lar de idosos ou hospital, o bispo pode designar os portadores do sacerdócio para preparar, abençoar e servir o sacramento a esses membros.”
O parágrafo seguinte diz que “circunstâncias incomuns” podem resultar ocasionalmente em que o bispo dê autorização para que o serviço sacramental seja realizado fora da capela.
“Ele pode autorizar esse serviço apenas dentro dos limites de sua ala. A pessoa a quem o bispo autoriza a realização do serviço deve ser portadora do Sacerdócio de Melquisedeque ou ser sacerdote no Sacerdócio Aarônico. Ele também deve ser digno de abençoar e distribuir o sacramento. O portador do sacerdócio que dirige o serviço se reporta ao bispo quando o serviço é realizado.”
A seção também desaprova uma prática para a qual alguns membros já buscaram aprovação no passado – realizar uma reunião sacramental em conjunto com reuniões de família, acampamentos ou outros passeios.
A realização ou o recebimento de algumas ordenanças e bênçãos – incluindo o sacramento – exige a aprovação de um líder que possui as chaves necessárias do sacerdócio, conforme identificado no Capítulo 3, “Princípios do Sacerdócio”.
Esse capítulo descreve a restauração e as bênçãos do sacerdócio, bem como da autoridade do sacerdócio, incluindo a autoridade do sacerdócio, o poder do sacerdócio e o sacerdócio no lar. Identifica participar do sacramento como uma das grandes bênçãos que Deus disponibiliza a todos os Seus filhos por meio de convênios e ordenanças do sacerdócio.
No início do capítulo 6, “Liderança da ala”, o manual ensina que os membros da ala consideram o bispo o principal líder espiritual da ala. “Ele define o tom espiritual da ala, fazendo a obra do Senhor ‘com santidade de coração’ (Mosias 18:12).”
Sob o título “Ordenanças e bênçãos”, no mesmo capítulo, a seção 6.1.4 lista as ordenanças e bênçãos que requerem autorização e orientação do bispo – sacramento, dar nome e bênção as crianças, batismo e confirmação de crianças de 8 anos registradas, conferir o Sacerdócio Aarônico e ordenação aos ofícios de diácono, mestre e sacerdote.
Em seguida, remete o leitor ao capítulo 18, “Ordenanças e Bênçãos do Sacerdócio”, com a ordenança sacramental listada na seção 18.2, entre as que “possibilitam que os filhos de Deus recebam Seu poder, cura, consolo e orientação”.
Seção 18.3 – “Participação em uma ordenança ou bênção” – lembra o leitor da autorização e do valor do sacerdócio. A seção reitera em texto e em gráficos que a realização de algumas ordenanças e bênçãos – incluindo o sacramento – exige a aprovação de um líder que possui as chaves necessárias do sacerdócio, com a aprovação também podendo vir de alguém que ele autorizou, como o conselheiro de um bispo.
A seção 18.9 do manual – “O Sacramento” – concentra-se exclusivamente na ordenança e fornece inúmeras referências das escrituras quanto a seu propósito, procedimento e participação. Em “Aprovação para administrar o sacramento”, tópico 18.9.1, a autorização necessária do bispo é novamente sublinhada.
A carta de 12 de março de 2020 da Primeira Presidência e do Quórum dos Doze Apóstolos termina com um testemunho e bênçãos prometidas: “Prestamos testemunho do amor do Senhor durante este período de incerteza. Ele vai abençoá-los para que encontrem alegria à medida que derem o melhor de si para viver o evangelho de Jesus Cristo em todas as circunstâncias.”
Fonte: Church News