Devo dar esmolas?

Compartilhe!

Enviado por Eduardo V. Thomazini, de São Paulo, São Paulo

Alguns meses atrás tive uma experiência espiritual muito interessante. Eu estava dirigindo no centro da cidade de São Paulo e parei em um semáforo. Um mendigo então se aproximou e me pediu algum dinheiro, mas não lhe dei atenção.

Naquele momento, meditei sobre o assunto e perguntei ao Senhor se deveria ou não dar esmolas.

Muitas vezes, na Igreja, participei de debates sobre esse tema. Alguns diziam que devemos dar esmolas e, outros, que não. Todos apresentavam diversos motivos para suas posições. Na verdade, essa era uma questão indefinida para mim. Entretanto, naquele instante, ali no semáforo, comecei a conversar com o Senhor sobre isso e, a cada questionamento meu, o Senhor me respondia:

1) Devo dar esmolas mesmo para aqueles que percebo que irão usá-las de modo ilícito?
Resposta do Senhor: “’Não julgueis (…)’1Mateus 7:1, ‘pois eu, o Senhor, julgarei’2Doutrina e Convênios 137:9. Isso é entre eu e ele”.

2) Se eu der dinheiro para todo mundo que me pede, vai faltar pra mim, não é mesmo?
Resposta: “Acha que vou deixar lhe faltar, depois de você ter abençoado a vida de alguém?”

3) Eu já faço minhas doações de jejum. Não é suficiente?
Resposta: “’Dá a quem te pedir, e não te desvies daquele que [te pede]’3Mateus 5:42. Isso é entre eu e você e não entre você e eles.”

Comecei a chorar a cada resposta que o Senhor me dava. Era um sentimento tão forte, que foi difícil conter as lágrimas.

Algumas escrituras vieram à minha mente naquela ocasião:

No livro de Atos, lemos:

“E havia em Cesareia um certo homem por nome Cornélio, centurião da coorte chamada italiana,
Piedoso e temente a Deus, com toda a sua casa, o qual fazia muitas esmolas ao povo, e continuamente orava a Deus.
Este, quase à hora nona do dia, viu claramente em visão um anjo de Deus, que se dirigia para ele e dizia: Cornélio!
E este, fixando os olhos nele, e muito atemorizado, disse: Que é, Senhor? E disse-lhe: As tuas orações e as tuas esmolas têm subido para memória diante de Deus.”4Atos 10:1-4

Jesus Cristo ensinou:

“(…) Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.”5Mateus 25:40

Parafraseando essa escritura do livro de Mateus, a Madre Teresa de Calcutá citou: “Ao final de tudo você vai descobrir que as coisas não são entre você e os homens, mas entre você e Deus.”6“Assim mesmo”, poema de Kent M. Keith, citado por Madre Teresa de Calcutá

Procurei outras escrituras sobre o assunto:

Paulo ensinou aos santos em Colossos:

“E tudo quanto fizerdes, fazei-o de coração, como ao Senhor, e não aos homens.”7Colossenses 3:23

E o rei Benjamim falou aos nefitas:

“E também, vós mesmos socorrereis os que necessitarem de vosso socorro; dareis de vossos bens aos necessitados e não permitireis que o mendigo vos peça em vão, afastando-o para que pereça.
(…) quisera que repartísseis vossos bens com os pobres, cada um de acordo com o que possui, alimentando os famintos, vestindo os nus, visitando os doentes e aliviando-lhes os sofrimentos (…).”8Mosias 4:16,26

Uma frase de autor desconhecido ensina sobre esta questão: “Quem diz que o dinheiro não traz felicidade, é porque nunca doou o suficiente.”

Com essa experiência, aprendi que jamais devo me desviar dos que me pedem, pois sempre será entre eu e o Senhor e não entre eu e a pessoa que me pede.

Cada vez que ajudo um necessitado, meu coração se enche de alegria e sinto a mão do Senhor sobre mim. E nunca, nunca, nunca me faltou. Em vez disso, tenho recebido muito mais!

Referências
Referências
1 Mateus 7:1
2 Doutrina e Convênios 137:9
3 Mateus 5:42
4 Atos 10:1-4
5 Mateus 25:40
6 “Assim mesmo”, poema de Kent M. Keith, citado por Madre Teresa de Calcutá
7 Colossenses 3:23
8 Mosias 4:16,26

Compartilhe!
Rolar para o topo